Comunicação assertiva é mais que falar bem

“Quem não se comunica, se trumbica”, já dizia José Abelardo Barbosa, mais conhecido como Chacrinha, apresentador de programa de auditório na TV brasileira. A frase não ficou na boca do povo por acaso: saber passar a mensagem não é fácil. Em outras palavras, comunicação assertiva é se fazer entender pelas pessoas como se quer fazer entender.

De fato, apenas 8% dos brasileiros entre 15 e 64 anos conseguem se expressar e compreender plenamente. Dados do Instituto Paulo Montenegro, em conjunto com a ONG Ação Educativa, mostraram que a comunicação assertiva é um desafio para a maioria dos profissionais do país.

No entanto, ainda há uma parte relevante de colaboradores que não recebe estímulos da empresa para desenvolver soft skills, incluindo a habilidade de entender claramente e se expressar objetivamente. Uma pesquisa da FIA Employee Experience constatou no ano passado que um em cada cinco profissionais brasileiros não recebe avaliações de desempenho da liderança. E o feedback é um dos fatores de desenvolvimento da comunicação assertiva.

Afinal, sem escuta e prática e um termômetro no ambiente de trabalho, o relacionamento interpessoal entre colaboradores é prejudicado. Toda equipe precisa de confiança e entrosamento para produzir mais e melhor, certo?

A importância da comunicação assertiva

Já dizia o ditado popular: “quem tem boca vai a Roma”. De fato, são muitos os caminhos abertos pelo desenvolvimento de uma comunicação assertiva, não só para os colaboradores, mas para a empresa como um todo.

A razão é simples: toda relação no planeta Terra é baseada na interação, das bactérias aos seres humanos. O mundo dos negócios não foge à regra, afinal a economia é baseada em trocas, e essas por sua vez dependem de uma boa comunicação. Quanto mais clara, direta ao ponto e objetiva, mais ela atinge os objetivos e satisfaz a todos.

Por isso, essa é uma das habilidades comportamentais mais procuradas por recrutadores.
Segundo o pai da administração, Peter Drucker, “60% de todos os problemas das empresas resultam de falha na comunicação”. Mas os motivos para privilegiar a comunicação assertiva entre as soft skills não se limitam a evitar problemas.

Converter negociações em negócio, melhorar a gestão de crises, consolidar a liderança e fortalecer a inteligência emocional do time são justificativas suficientes para investir no relacionamento interpessoal entre colaboradores por meio da comunicação assertiva.

Ela facilita o estabelecimento dos acordos ao esclarecer a apresentação das ideias e agiliza a resolução de problemas pois garante que as discordâncias sejam construtivas. Além disso, essa habilidade você consegue colocar os pontos de discordância de uma maneira que a outra parte não se sinta desrespeitada.

Os benefícios da comunicação assertiva

Quem sabe se comunicar de forma eficaz proporciona conhecimento, é empático e transmite autoconfiança. O que vai, volta. Por isso, os efeitos positivos também são percebidos pelos colaboradores que adquirem essa e outras habilidades comportamentais relacionadas.

As soft skills também se influenciam: quando se investe em uma, se propicia um ambiente fértil para as outras. Por exemplo, um programa de treinamento em comunicação assertiva impacta positivamente na inteligência emocional dos seus colaboradores, ao melhorar a resolução de conflitos. Assim, fortalece o equilíbrio e a firmeza do estado emocional da equipe, favorece a colaboração e faz com que a postura de cada um se centre nas entregas.

Além disso, entre todas as soft skills mais valorizadas em 2021, a comunicação assertiva tem o melhor resultado no fortalecimento do trabalho em equipe, pois facilita o desenvolvimento de relações construtivas. Não é preciso muito esforço para deduzir que todos esses benefícios acabam gerando uma melhoria contínua nos processos e aumento da produtividade. Certo?

Mas afinal, o que é a comunicação assertiva?

Em poucas palavras, a comunicação assertiva é a habilidade de se comunicar algo como se deseja comunicar aquilo. Portanto, ela envolve um conjunto de linguagens, e o que faz a diferença não é só o conteúdo, mas também a forma. 

A comunicação pode ser verbal, por meio da escrita ou da fala, ou não verbal, por meio de signos visuais, ilustrações, placas, gestos e postura corporal, por exemplo. Para se comunicar pela fala, por exemplo, muitos fatores influenciam para alcançar eficácia: os gestos, as expressões facial e corporal, o tom, ritmo, velocidade e volume da voz e as palavras escolhidas. 

O conteúdo daquilo que se comunica representa apenas 7% da comunicação, outros 27% estão ligados ao modo como se fala. A expressão do rosto e do corpo, o olhar, o movimento das mãos, a postura e outras informações dadas pela leitura corporal representam a maior parte do processo: 66%.

Sabendo desses fatores, fica mais fácil entender como a comunicação assertiva contempla o todo. É justamente aquela que explora o melhor da escrita, fala, do corpo e da imagem com clareza, dinâmica e respeito. E principalmente: é aquela que obtém o retorno esperado. No contexto de uma empresa, a ciência desse retorno é essencial para otimizar o tempo e o trabalho. 

Como desenvolver a comunicação assertiva

Saber se comunicar começa por organizar o pensamento. Mas passa também por escutar ativamente os interlocutores e estar consciente do objetivo. O primeiro passo é definir onde se quer chegar. O segundo é estruturar a sua mensagem a partir desse objetivo. O terceiro é usar as habilidades e ferramentas que você tem. Para aperfeiçoá-las, há um conjunto de hábitos que você pode adotar sem gastar um centavo.

Um deles é a leitura. Praticá-la é excelente para aprimorar a interpretação, ampliar o vocabulário e fortalecer a gramática. O ideal é não se restringir ao superficial dessa habilidade no cotidiano das redes sociais e variar o formato e gênero de literatura. Cabeceira, Bookly e Goodreads são excelentes aplicativos pois não só organizam a leitura como também possibilitam a criação de metas para praticá-la.

Outro hábito importante de cultivar com atenção é a escrita. Pois além da gramática e do vocabulário, essa habilidade afia a sua ortografia. Se identificar grandes lacunas com a escrita, vale investir em um curso. Senão, é possível utilizar diretamente ferramentas como Mind Note, ótimo com brainstorms e mapas mentais, o intuitivo yWriter, e o Omm Writer, excelente para quem tem dificuldade em manter o foco.

Mas ninguém sabe se tem uma comunicação assertiva sem medir os resultados dela, não é mesmo? Por isso, é importante saber dar e receber feedback, tanto do tipo incentivador quando do tipo corretivo. Use o STRATWs ONE para integrar avaliação de desempenho com KPIs, o BetterWorks para levar em conta as hierarquias na gestão de pessoas e o Appraisd para organizar objetivos, progresso e trilhas de desenvolvimento profissional.

Os movimentos e a postura do corpo são decisivos: a comunicação não-verbal é responsável por mais que a metade do processo. Por isso, analise a sua postura corporal, ajuste o tom da sua voz para as diferentes situações de trabalho e sorria quando for bem-vindo. Treine a sua comunicação não-verbal com colegas, observe a deles e receba avaliações para desenvolver suas qualidades comportamentais.

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